Meus Pensamentos

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O pensamento

O pensamento inquieto me leva a muitos caminhos no

mundo dos livros.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estação das Letras

Plateia atenta à minha palestra na Biblioteca Mabel Veloso
A Estação das Letras foi um sucesso. Trouxe o mundo fantástico dos Minotauro, esfinges, fénix, salamandras, dragões, cavalos alados e todos os seres mágicos que vivem no nosso imaginário.Teve a presença de escritores como Katerine Funke, editores , nossa querida Valéria da Solisluna,o reconhecimento  do trabalho do colega e fotógrafo Kim Guerra do 2ª ano, contadores
de estórias, apresentações e muitos livros, a galera ficou muito interessada. Me divertir muito e vi muitos novos leitores ansiosos por novidades literárias. Me apresentei no dia 16/09/2010 na Biblioteca Mabel Veloso para algumas turmas do ensino fundamental ,na plateia estava Mariana Parcero, minha prima . A Turma me fez muitas perguntas e  demonstrou muito interesse pelo Dragão do Ventre de Ouro, meu primeiro livro.
Valeu galera Marista e em especial da turma da Biblioteca .

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ESTAÇÃO DAS LETRAS

Nos próximos dias 15,16 e 17 de
Setembro acontecerá no Colégio Marista
Patamares a ESTAÇÃO DAS LETRAS,
um movimento cultural realizado pelo
colégio que envolve várias atividades e
presença de escritores, contadores
de estórias e muitos outros artistas.
Oorgulhosamente foi convidado a participar
 como escritor , quando falarei sobre o meu livro
O Dragão do Ventre de Ouro.
Este evento estará sendo divulgado pela Rádio Tribo.
Vai ser show participar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ig jovem me entrevista na Bienal de São Paulo

                         
                                                                            

Por Larissa Drumond
IG Jovem dia 18/08/2010, noticias
Eric A. A. Oliveira conta que criou "O Dragão do Ventre de Ouro" aos 11 anos

"Não consigo dar o final para a minha saga, por isso sempre escrevo mais um pouco", confessa Eric A. A. Oliveira. Assim, escrevendo sempre mais um pouco, o autor baiano de apenas 16 anos e já produziu uma trilogia - o primeiro livro, "O Dragão do Ventre de Ouro", está sendo lançado na 21ª Bienal do Livro e foi escrito aos 11 anos; as duas próximas partes da saga já estão prontas. O primeiro volume conta a história de Carlos Looendvog, um garoto de 12 anos que passa por um monte de desafios para encontrar o ovo de um dragão.

Durante a feira de livros, que acontece em São Paulo e vai até domingo (22), Eric falou ao iG Jovem ? com seu jeito surpreendentemente polido para um menino tão novo ? sobre o processo de criação, os autores que o inspiram e a influência da mãe, que costuma dar toques, inclusive para a sessão de fotos ? nem sempre atendidos.
iG Jovem: Você fez o livro aos 11 anos. Como foi escrever tão cedo?
Eric Oliveira: Eu comecei lendo livros como "Harry Potter", "O Senhor dos Anéis", que me deram base. Mas minha família sempre me incentivou com livros didáticos, viagens e passeios. Minha mãe contava histórias que ela mesma criava e, quando ela pulava alguma parte, eu pedia para voltar para contar tudo direito. Eu sempre tive fascínio por jornadas, sagas e aventuras. Foi daí que eu tive a ideia de criar a saga de Carlos Looendvog.

iG Jovem: Como você fez para criar e escrever "O Dragão do Ventre de Ouro"?

Eric Oliveira: No começo, eu só escrevia nas férias. Eu tirava duas horinhas por dia e já era o suficiente. Mas comecei a querer escrever mais, passava mais tempo no quarto e levava meu caderno para todos os lugares aonde ia.

iG Jovem: Os personagens têm nomes bem diferentes: Jimmy, Zamil, Looendvog... Como você escolheu todos esses nomes?

Eric Oliveira: Eu queria que ficasse bem diferente dos nomes dos personagens da ficção de hoje em dia, porque acho todos eles muito batidos. Juntei uns nomes com outros, peguei umas palavras aleatórias... Até sorteava algumas letras para formar uma palavra.

iG Jovem: E de onde você tirou "Looendvog"?

Eric Oliveira: Sabe que eu não faço a menor ideia? [risos] Foi puramente processo criativo.

iG Jovem: Como você se inspirava quando viajava com sua família?

Eric Oliveira: Principalmente a personalidade das pessoas e o cenário. Tenho paixão pelo cenário brasileiro!

iG Jovem: Alguém deu umas dicas enquanto você escrevia?

Eric Oliveira: Minha mãe já leu todos os meus rascunhos e dá uma ideia de vez em quando, mas eu quase nunca aceito. Ela costuma falar para a fala do personagem ser menor, quer que fique um pouco menos formal e quer fazer umas alteraçõezinhas.

iG Jovem: Quais são seus escritores preferidos?

Eric Oliveira: J.R.R. Tolkien, que fez "O Senhor dos Anéis". Para mim, ele não tem comparação. Ele é o cara, é o melhor. Eu me espelho muito nele. Se eu tiver oportunidade, eu vou escrever bastante e não vou parar mais.

iG Jovem: E os livros dos quais você mais gosta?

Eric Oliveira: "Harry Potter", "As Crônicas de Nárnia", "Percy Jackson e O Ladrão de Raios" ? e, por incrível que pareça, eu gostei mais do filme. O livro estava muito resumido e o filme, mais aberto. Também me inspirei em "Sherlock Holmes" e em alguns autores brasileiros como Luís Fernando Veríssimo e Stanislaw Ponte Preta [cujo nome verdadeiro era Sérgio Porto].

iG Jovem: Você sonha em transformar sua saga em filme?

Eric Oliveira: Eu sonho, mas acho que os diretores de cinema não iam gostar muito. Eu sou muito detalhista e eles teriam que me aturar.

iG Jovem: Você pretende exportar seus livros?

Eric Oliveira: Essa ideia já me ocorreu várias vezes. Já que eu vou lançar uma saga, eu acho importante que seja bem divulgada tanto no Brasil quando no mundo.

iG Jovem: Hoje você tem 16 anos e escreveu o livro aos 11. Como é uma fase em que se amadurece muito, você não quis mudar nada por ter achado meio imaturo ou até mesmo bobo?

Eric Oliveira: Às vezes, mas nada é por acaso. O que está lá não deve ser mexido. Agora preciso trabalhar no que está por vir.

iG Jovem: Quais são essas próximas histórias?

Eric Oliveira: Eu tentei começar com o gênero de terror, mas não deu muito certo [risos]. Ficou muito sanguinário, então voltei para a ficção.

iG Jovem: O que seus amigos pensam sobre o fato de você ser escritor e já ter um livro lançado na Bienal?

Eric Oliveira: Eles acham bem interessante e estão me ajudando muito na divulgação. Meus amigos e minha família sempre foram um incentivo muito grande para mim. Eu até tenho alguns amigos que, incentivados por mim, sonham em virar escritores também.

iG Jovem: E o que eles disseram sobre seu livro?

Eric Oliveira: Que estava bom, mas está faltando um final. Precisa de outro.

iG Jovem: Você acha mais difícil criar o começo ou o final?

Eric Oliveira: Na verdade, é muito mais complicado terminar um li
vro. Terminar uma saga, então... Aliás, eu não consigo dar o final para a minha saga, por isso sempre escrevo mais um pouco.

iG Jovem: É, você já tem mais dois livros. Do que eles tratam?

Eric Oliveira: As duas continuações envolvem mais portais do tempo, vilões mais poderosos, outras realidades, mas sempre dentro do tema de ficção.

iG Jovem: Você prefere "Harry Potter" ou "Crepúsculo"?

Eric Oliveira: Eu tenho uma preferência um pouco maior por "Harry Potter".

iG Jovem: Você já sabe do que vai fazer faculdade? Letras, talvez?

Eric Oliveira: É uma ótima pergunta! Todos os dias eu me faço essa pergunta e eu não sei responder.

Eric dá autografos no evento." tenho amigos que já sonham em ser escritores." 

Literatura fantastica brasileira

 

O Jornal da Tarde, do grupo Estadão de São Paulo, publicou no último dia 27/08/2010 uma reportagem
do jornalista Pedro Antunes sobre os novos talentos da literatura fantástica brasileira e
eu estou lá . Vale ressaltar que meu livro  foi lançado pela Solisluna.
"PEDRO ANTUNES

Enquanto é inegável o sucesso dos livros de fantasia estrangeiros – leia-se ‘Harry Potter’, ‘Crepúsculo’ e ‘O Senhor dos Anéis’, além de outros genéricos –, surgem por aqui autores de várias idades, que resolveram transitar pela mesma seara, mas com foco em personagens diferentes. São fadas, anjos, entidades do candomblé e até o curupira.
Quando criança, o hoje ilustrador Walter Tierno, 38 anos, adorava ler as revistas em quadrinhos de ‘Conan, o Bárbaro’, um guerreio que vagava lutando contra feiticeiros, monstros, vampiros, demônios e lobisomens, criado por Robert Howard.
Em 2000, ele começou a fazer o seu próprio gibi. “Foram quatro anos desenhando e escrevendo. Consegui até colocar a primeira edição nas bancas”, conta. “Mas foi um fracasso total. Fiz burrada”. Ele mandou imprimir 2 mil exemplares, mas vendeu apenas 200. “A condução da história não foi boa”, afirma.
Há três anos, ele teve outra ideia. Dessa vez, um livro. “Me inspirei em ‘O Senhor dos Anéis’, mas não queria usar a cultura celta. Queria uma coisa mais local, com a qual as pessoas pudessem se identificar”. Assim, nasceu ‘Cira e o Velho’. A personagem-título é filha de Cobra Norato, figura folclórica do Pará. Ela vive à caça do bandeirante Domingos Jorge Velho (o Velho do título do livro), que matou sua mãe a deixou para morrer.
A história se passa num Brasil em desbravamento, contemporâneo a Zumbi dos Palmares. “Como ponto de partida, passei a estudar toda a história brasileira, procurando o melhor momento para situar a Cira”, explica o autor. Personagens do nosso folclore foram inseridos, como mboitatá e curupira. E o saci? “Não queria queimar cartucho logo de cara”, conta ele, que pretende fazer uma sequência do livro.
Tierno é formado em jornalismo, daí sua facilidade em escrever. Mas isso não é necessariamente uma regra. Com quatro livros de literatura fantástica publicados, Nelson Magrini, de 55 anos, é formado em engenharia mecânica. Tem dois hobbies um tanto distintos: a literatura e a física. Em 2004, publicou seu primeiro livro, ‘Anjo: A Face do Mal’. “Mas já era o terceiro que tinha escrito”, explica. Com uma história que mistura anjos, demônios e entidades afro-brasileiras, ele narra as aventuras de Lúcifer, um anjo caído. A primeira edição, com 1.500 cópias, já está esgotada. “Em setembro, vai sair uma nova impressão, revisada”, avisa.
Autores novos, esses sim, muito inspirados no sucesso da série de ‘Harry Potter’, também ingressam no mundo da fantasia. A estudante de jornalismo Carolina Munhóz, de 21 anos, e o soteropolitano Eric A. A. Oliveira, de 16, são representantes dessa nova geração. Nascida em São José do Rio Preto, mas moradora de Campinas, Carolina publicou ‘A Fada’ em 2009, após investir R$ 7,5 mil do próprio bolso.
“Recebi muitas respostas já preparadas pelas editoras, elogiando o livro, mas dizendo que não seria possível investir nele naquele momento”, diz. A obra fala de uma menina que, aos 18 anos, descobre ser uma fada. “Aproveitei essa figura mágica que pouco aparece na literatura. A mais famosa é a Sininho, da história do Peter Pan”. Hoje, a jovem passa de três a quatro horas por dia respondendo a e-mails e mensagens de leitores no Facebook, Twitter e Orkut.
Cursando o primeiro ano do Ensino Médio, em meio a uma geração “informatizada”, Eric mantém o costume de escrever suas histórias com papel e caneta. Desde os 11, ele cria a trilogia que conta a saga de Carlos Looendvog, um menino que descobre ser de uma linhagem de caçadores de dragões. O primeiro livro, ‘O Dragão do Ventre de Ouro’, teve lançamento na última Bienal do Livro, em São Paulo. O escritor mirim ainda não sabe se seguirá carreira, mas têm outros livros na cabeça. Já é uma mostra de que nem só de vampiros e bruxos sobrevive a literatura fantástica no Brasil.
Trecho de ‘Anjo: A Face do Mal’, de Nelson Magrini:
Mário deu um passo à frente. A neblina tocou-lhe os pés. Deu mais um passo e depois outro. A neblina elevou-se até a altura dos joelhos. Ele não compreendia como ela podia se elevar, contrariando a vontade do vento, mas isso também não importava. Aquilo só podia ser mais um sinal de sorte.
A luz o envolveu. Mário esticou os braços e tocou a luz. A luz tocou Mário. Ele sentiu a consciência desmanchar, como se perdesse a própria identidade, a própria individualidade. Ele se sentiu amplo, sem os limites do corpo, calmo e tranquilo, como se estivesse sendo abençoado. Procurou o anjo; sabia que ele estava lá, bem no meio da luz. Deu mais um passo. Primeiro, viu o brilho; depois, garras e dentes.
Trecho do livro ‘A Fada’, de Carolina Munhóz:
Desenhada no papel, estava eu, sentada na beira da fonte da Praça Trafalgar, olhando para o horizonte, rodeada de luz. E por aquele desenho eu entendi o comentário de me parecer com um anjo. Toda a harmonia do tempo criara uma paisagem que realmente parecia angelical.
No cantinho do desenho havia um nome, que deduzi ser do menino.
− É lindo! Obrigada, Patrick…
− Philip Windsor! – ele complementou.
Ficamos mais alguns minutos em silêncio, cada um observando o seu desenho.
− Não quer saber o meu nome? – perguntei.
− Claro! Gostaria até de anotá-lo no desenho − disse ele sorrindo – Não é todo dia que podemos conhecer um anjo!
Eu ri, ele ainda achava que eu era um anjo. Talvez eu pudesse até significar um anjo da guarda para ele… Foi quando me ocorreu que poderia ser sua madrinha, e fiquei feliz com a idéia.
− Mel! – disse. − Na verdade é Melanie Aine das Fadas, mas gosto de Mel.
− Muito bonito, combina com você! – nós dois sorrimos. – Das fadas…Você realmente parece uma fada, acho que confundi com anjos.
− Você acredita em fadas? – perguntei receosa.
− Nunca vi, mas se dizem que existem… Devem existir. Assim como os Anjos e Deus, eu nunca os vi, mas acredito na existência; sinto suas presenças.
A teoria dele era muito convincente.
− Gostaria de ver uma fada – disse ele quando voltou a falar.
− Por quê?
− Porque elas devem ser lindas! Assim como você, Mel!
Fiquei pensando na ironia, ele querer ver uma fada e ter uma conversa sobre elas, justamente comigo. Certas vezes, o mundo nos coloca em situações de risco para que cresçamos e aprendamos…
Trecho de ‘Cira e o Velho’, de Walter Tierno:
Domingos apontou a faca para o pescoço do caraíba. O índio fi tou a lâmina. Estalou a língua e suspirou, revirando os olhos. Já estava cansado do brilho indecente daquela lâmina. Amaldiçoava o sertanista em seus pensamentos, mas não os verbalizaria jamais. Temia aquele homem.
— A princesa Caninana quer que vosmicê destrua a semente de Norato… Guarde a arma, sim?
Domingos ignorou o pedido choroso do caraíba.
— Restam dois dos herdeiros de Norato — continuou o índio. — Um é o mais velho de todos e o mais forte. É um
guerreiro poderoso que vive em uma maloca sobre a areia, beirando o grande mar. Tabatinga é seu nome. A outra é a
caçula. Cira é seu nome. É fi lha da última bruxa, conhecida entre os tupis como Guaracy. As duas vivem escondidas no alto da serra, onde as árvores ainda respondem a quem souber falar com elas.
Trecho de ‘O Dragão do Ventre de Ouro’, de Eric A. A. Oliveira:
Carlos era a única criança. Tinha doze anos de idade e uma vida muito parada. Para ele, aquele mês de novembro estava sendo realmente um tédio. Mas não iria durar muito tempo e sua mente parecia confirmar.

Ele nem sabia que sua intuição estava correta. E esperou pelo fim daquele mês, que para ele se tornou abominável, até que o último dia de aula passou.
Enquanto voltava para casa sem ter ideia do que lhe esperava, o transporte escolar se atrasou. A noite estava fria e tenebrosa. Todos os moradores já dormiam quando o filho dos Looendvogs entrou no Derry e um barulho se ergueu no ar, gelou o coração dele e o deixou profundamente assustado.
Tudo parecia tenebroso, mas ficou pior: um vulto negro e apavorante tomou forma através da escuridão. Era um cão gigante, de cento e vinte centímetros de altura e três metros de comprimento. Tinha uma testa larga e vários músculos que desciam em profusão sobre seus pelos castanhos. Parecia um enorme pitbul.
O animal olhou com raiva para Carlos. Seus olhos eram alaranjados e brilhantes. Vendo o medo do garoto, latiu em um tom apavorante que o fez desmaiar.
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